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LAMENTAÇÕES DE UMA ALMA - POR HENRY OLIVER

Capitulo 1 - Meu nome é Airim Coleman.


       Estava frio, já era tarde da noite e apenas se ouvia o som das gotas de chuva pingando na janela do meu quarto. Clima perfeito para ler mais um capitulo do livro, “Carry a estranha”, que minha mãe havia me dado de presente no meu aniversário de 16 anos. Sozinha em casa, sentada em minha poltrona de veludo e com uma xícara de chocolate quente do meu lado, nada mais podia me tirar à atenção do livro. CABRUM!!! Um raio estrondoso atingiu uma fiação de um poste bem em frente a minha casa. E pra minha tristeza, a luminária que ficava por cima da poltrona e que clareava minha leitura, desligou, foi então que percebi que em nenhum outro cômodo da casa havia energia.
       – “Droga! Tinha que ser bem na parte em que a mãe dela estava tentando afogar ela na banheira?”.
Chateada, com frio e com raiva por querer saber oque tinha acontecido com Carry, fui à cozinha atrás de uma vela, e usando minhas pernas como “sensor de presença” de moveis. 
– “Ai!”, resmunguei já deitada de dor no chão por ter batido uma de minhas canelas, na mesinha de vidro que ficava na sala. – “De quem foi à ideia de colocar essa porcaria aqui?” Perguntei alto como seu estivesse esperando por uma resposta, mas só oque eu ouvi foi o som do vento nos galhos das arvores acompanhados pelo barulho dos trovões. 
Saí da sala mancando, comecei a sentir câimbras pelo fato de o tempo está frio. Na cozinha, eu apalpava as portas dos armários procurando alguma brecha para poder abrir alguma delas. –“até que enfim! Achei as malditas velas”, exclamei ainda com um pouco de dor na minha canela direita. Estava muito escuro, fui para sala de estar tentando tomar cuidado com a mesinha central e me desviando dos moveis que eu encontrava pela frente, acendi três castiçais com lugar para três velas cada um, e fiquei lá, sentada em posição fetal tentando me esquentar com meu próprio calor e com preguiça de ir pegar algo para me cobrir. – “porque esqueci meu cobertor no quarto?                                                   A chuva lá fora tinha aumentado, e as velas acesas faziam da minha sala um local fúnebre e sombrio, as trovoadas insanas já estavam me deixando com medo... Medo de que eu não pudesse está realmente sozinha. FFSSHHH!!! – “Aaahh! Que susto!!”. O vento soprou tão forte que foi capaz abrir uma das janelas da sala e apagar as velas. Nesse momento, o sentimento mais pavoroso de todos ia me consumindo, o medo. Corri para fechar a maldita janela, e tentar encontrar a caixa de fósforos, que estava perdida em meio a escuridão de minha casa. – “E agora!? Como acender as velas!?”, me perguntei com tom de desespero, querendo que a energia voltasse logo. Ah e a propósito, meu nome é Airim Coleman.

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